Dra. Adriana I. Moiron*
* Educacional da área de Doenças Médicas, Faculdade de Ciências Veterinárias de U. B. A, Argentina.

Redevet pancreatites felina

Definição:

O Pancratite Crônica é uma doença que é caracterizada por reações inflamatórias recorrentes pancreáticas , de sintomatologia leve ou moderada, com perda progressiva do parênquima pancreático, e com substituição da tecelagem funcional por tecido fibrótico; terá que ser capaz de ser manifestada alterações nas provas diagnósticas de laboratório e com sintomas definidos.

As formas de Apresentação:

Pancratite Crônica pode ser apresentada com as seguintes formas:

Recorrente: Com crise de reagudização, em que as provas de laboratório permanecem alteradas assim como os sintomas, que não cedem ao processamento.

Persistente: Freqüentemente a doença segue um curso progressivo inexorável, originando-se a destruição do parênquima pancreático.

A Pancreatite Crônica Recorrente ou intersticial persistente levam a Síndrome de Insuficiência Pancreática Exócrina (maladigestão) e/ou Endócrina (Diabetes Miellitus) de acordo com o grau de afeto das pequenas ilhas.

Etiopatogenia:

Fatores predisponentes e causas

Nutricional:

Desbalanço calórico
Dietas hipercalóricas
Dietas hipercalóricas acompanhadas de estado sub-proteico

As dietas altas em gordura alteram a funcionalidade das células acinosas, possivelmente pela alteração de seus organoides. Uma diminuição na estabilidade da membrana dos grânulos de zimógeno torna mais suscetível ao lisis pela ação da tripsina e das secreções biliares.

Drogas:

Glucocorticoides alteram a circulação pancreática
Azatioprima, L-asparaginasa e Organofosforados em felinos produzem hiperestimulacão da glândula pancreática.
Clorpromacina - clorotiacidas alteram as membranas celulares acinares.
Sulfonamidas favorecer a proliferação dos microrganismos
Tetraciclinas
Furosemida

Traumática:

Golpes
Iatrogênica intracirúrgica
Acidentes

Obstrução de seus condutos produz:

Inflamação
Edema
Atrofia
Fibrose, em indivíduo quando a glândula é estimulada a secretar
Cálculos biliares
Espasmos no esfíncter pancreático
Edema ductal
Edema da parede duodenal

Tumores
Parasitos
Traumas
Interferências cirúrgicas

Agentes Infecciosos: Em felinos especialmente por:

Associação com Toxoplasmose
Associação com Peritonote Infecciosa Felina

Alterações Metabólicas:

Hiperlipidemia: Dentro da glândula são gerados ácidos graxos tóxicos, devido à ação da lipase sobre as concentrações anormalmente altas do triglicérides nos capilares pancreáticos.

Hipercalcemia: Por Hiperparatiroidismo primário, Neoplasias malignas de paratiroides, Linfosarcoma e Infusão tóxica de cálcio endovenoso; isto pode dever-se a um aumento de cálcio iônico em sangue, se associada a uma hipoproteinemia e acidose, o cálcio precipita-se em forma de carbonato de cálcio. Este mecanismo é proposto para explicar a oclusão dos condutos pancreáticos.

Doenças Hepatobiliares: por exemplo: Colangiohepatitis supurativa felina

Doença dos discos intervertebrais: como conseqüência da dose alta de glucocorticoides
Isquemia e Reperfusão: depois de uma torção volvulo gástrica ou ampliação, causado por choque, hipotensão por anestesia geral.

Obesidade:

Parasitaria: pancreático de Trematoides, Eurytrema, nos gatos domésticos. Produz atrofia e fibrose pancreática, reduz a capacidade exócrina e secretória. A infestação costuma ser sub-clínica.

Diagnóstico:

Por meio do Resenha:

Espécie: são afetados tanto caninos como felinos
As Raças: Em caninos podem ser vistas afetado tantas os S.R.Ds como as raças puras que têm predisposição maior: Raças pastoras (alemão), Schnauzer miniatura, Cocker Spaniel, Caniche Brinquedo. Em felinos: Himalayos e Siameses.
Idade: Médio-avançado entre 4 e 9 anos
Sexo: é tão freqüente no masculino como em fêmeas (incidência maior em castrados).

Por meio da Anamnese e Exame Físico:

Os animais com Pancreatite Crônica normalmente têm antecedentes de:

Perda de peso: apesar de um apetite normal ou aumentado
Polifagia: freqüentemente pode ser manifestada, de tal modo que os proprietários dos animais afetados relacionam a voracidade com que alimento oferecido é ingerido, assim como também, a procura de restos de alimentos.
Coprofagia - pica: Freqüente vista como demonstrações de polifagia
Polidiosia: pode ser visto aumentado em alguns casos
Diarreas Crônico-Intermitentes: de grande volume, de consistência entre
pastosa e fluida, de cor amarelo pálido
Esteatorrea: Com presença de alimento sem digerir e aroma de fétido.O proprietário indica que o animal defeca várias vezes ao dia (entre 6 a 10 vezes)
Moléstia abdominal: com presença de vômitos, borborigmos isolados e flatulência

Diagnóstico:
Mediante outros diagnósticos complementares:

Alguns pacientes apresentam emaciação, com musculatura demarcada sem gordura corporal; em casos extremos os animais podem apresentar fraqueza física e perda das massas musculares.
O pelo se apresenta opaco de aspecto quebradiço, seco, é removido com facilidade, devido a uma deficiência na absorção de vitaminas liposoluveis e oligoelementos. Alguns animais emitem um aroma pestilento por causa do pelame sujo com a gordura de material fecal e a eliminação excessiva de flatos.

O diagnóstico por meio de Métodos Complementares:

Biopsia: Histologicamente, os condutos contêm um exsudado catarral e são cercados pelo tecido fibroso, que se subdivide em vários lóbulos ao órgão. Também podem ser observadas estenosis localizada em outros segmentos do tecido pancreático. O epitélio dos condutos pode ser hiperplásico ou metaplásico e o mesmo pode ser do tipo escamoso. Como resposta à fibrose, se atrofia no tecido acinar. Nas células de tecido estromal podem ser observados leucocitos do tipo mononuclear. A inflamação crônica dos condutos pode ser vista como um lugar potencial para o desenvolvimento cálculos pancreáticos, mas isto raramente acontece.
Exame abdominal Ultra-sonográfico: áreas pancreáticas são reveladas com perda do ecogenicidade normal adjacente a zonas de ecogenicidade alta que mostram a existência de zonas de fibrosa.
Laparatomia exploratória: Dependendo da cronicidade do caso, o pâncreas pode ser formado de meio irregular e noduloso; ou bem reduzido a alguns lóbulos deformados. Em alguns casos, as sobras do órgão são pequenas demais quando observado, mas ainda são capazes de serem palpadas nas áreas de dobras, escasso de mesenterio.

Diretrizes terapêuticas:

A pancreatite recidivante e a crônica são controladas por meio de:

· Manejo nutricional preciso: Empregar uma dieta de digestibilidade alta com incremento da fibra, proteína altamente digerível e gordura limitada. A realização precisa da dieta controlou animais com um bom prognostico.

· Administração de enzimas pancreáticas: é indicada em caninos e felinos com pancreatite sub-clínica, isso motiva Insuficiência Exócrina e endócrina Pancreática.

A Terapia Medicamentosa:

A terapia principal da pancreatite crônica, tanto em caninos como em felinos é baseada na suplementação com enzimas pancreáticas. O mesmo pode ser fornecido de formas diversas:

· Em forma de pó.

Viokase-V (Fortaleza Evade)
Pancrezyme (Daniels)

Estes produtos são pós de pâncreas bovino e suíno desidratados.
Uma xícara de chá do medicamento é administrada em felinos e 2 (cada 20 Kg de peso) em caninos, misturado com o alimento (imediatamente antes da alimentação) isso deve ser fornecido duas vezes ao dia.

· Em forma de cápsulas e tabletes.

Digestil (Laser), comprimido
Pantrin (Planeta), comprimido
Viokase-V (Fortaleza Evade), tabletes
Pancreozyme (Daniels), tabletes
· Pâncreas processado fresco (Suíno ou Bovino)

Dose em caninos: 100 g em cada alimentação
Dose em felinos: 30 a 90 g em cada alimento alimentação

Nesses animais com uma pancreatite crônica é razoável suspender a pancreatoterapia durante um ínterim de prova cada 6 meses ou mais e observar se há polifagia e diarréia. O tecido acinar do pâncreas tem certa capacidade de auto regeneração e não é ilógico supor que depois que a pancreatite o tecido residual é regenerado o suficiente para prevenir a sintomatologia da Insuficiência Pancreática Exócrina.

A Terapia medicamentosa antibiótica deve ser executada sob as seguintes considerações:

· paciente com atrofia acinar pancreática, geralmente tem hipermultiplicação bacteriana no intestino delgado e respondem muito bem à pancreatoterapia oral somente.
· A proliferação bacteriana pode induzir malabsorção e diarréia, e em tais casos o antibioticoterapia pode ser de valor.

Os Antibióticos utilizados:

· Tilosina (Tylam), comprimido. A dose: 10 mg /kg. Via oral com cada alimentação.
· Oxitetraciclina. A dose: 10-20 mg/kg. Cada 12 h durante 7-28 dias.
· Metronidazol (Stomagyl). A dose: 10-20 mg/kg. Cada 12-24 h oral durante 7 dias.

A Terapia medicamentosa com corticoides, é realizada com:

· Prednisolona (Elmer) comprimido de 10 mg
· Prednisolona (Holliday) comprimido de 25 mg

Em dose: Inicial de 1-2 mg/kg. Cada 12 h durante 7-14 dias pode ser de benéfico.

A Terapia medicamentosa com suplementação vitamínica, é realizada com:

O suplementação vitamínica deve ser considerada na dieta de manejo no paciente com pancreatite crônica. A falta de lipase pancreática produz uma falha na solubilização e absorção de vitaminas liposolúveis.

Os suplementos utilizados:

· Vitamínico Complexo (Martin de John), A,B,C,D,E de Vitaminas e K, em xarope. A dose: 1 colher das de chá diariamente para cada 10 kg de peso, tanto para caninos como para felinos.
· Vitamina A OU.EU 1.000.000. (Von Franken). A dose: 1-5 ml IM, para caninos.
· Vitamina K. 100 mg (Franken de Von). A dose: caninos e felinos 1-2 ml/5 kg. SC; IM, ou IV.

Muitos felinos com pancreatite crônica sofrem deficiência de cobalamina. Alguns destes paciente não respondem da forma apropriada à suplementação pancreática até a suplementação da cobalamina.

· Cianocobalamina: no começo a dose é de 100-250 ug SC uma vez por semana. Após 2 meses de processamento, deve ser checado o nível sérico de concentração desta vitamina, se estiver normalizada, a dose pode ser administrada mensalmente, mais tarde bimensalmente, e finalmente a cada 6 meses.
· Grupo B soma 5000 (Martin de John). As Vitaminas do grupo B. A bolha de frasco.
· Kualcovit B inyectable (Kualcos). As multidoses de frascos, e bolha de frascos.

Encarar uma crise de agudização da pancreatite crônica, isto deve ser manipulado como uma pancreatite aguda.

Bibliografia:

Ø BONAGURA,J. "Kirk s Current Veterinary Therapy , Small animal practice" XIII. Ed. Saunders. 2000.
Ø ETTINGUER, S; FELDMAN, E. "Tratado de Medicina Interna Veterinaria. Enfermedades del perro y del gato". 4° Edición. Editorial Intermédica. Volumen 2. 1997.
Ø FORD, RICHARD; "Signos Clínicos y Diagnostico en Pequeños Animales" Editorial Panamericana, 1992
Ø HAND; THATCHER; REMILLARD; ROUDEBUSCH. "Small Animal Clinical Nutrition" 4º Edition. Ed. Mark Morris Institute. 2000
Ø Jubb, Kennedy, Palmer. Patología de los animales domésticos. Editorial Hemisferio Sur. 1985. Tomo II
Ø NELSON, R; COUTO, G. " Medicina Interna en Pequeños Animales" 2º Edición, Editorial Intermédica, 2000.
Ø TILLEY; SMITH. "Consulta Veterinaria en 5 Minutos, Canina y Felina" Editorial Intermédica, 1998.
Ø Veterinary product guide. CNM. Purina, 1998.
Ø WILLARD, M.. "Diagnostico Clinicopatológico practico en Animales Pequeños" Editorial Intermédica, 1993.

Dados da autora:

Dra. Moiron Adriana
Médica Veterinaria

Egresada de la F.C.V. de la U.B.A en 1983.
Nacionalidad: Argentina.
Matrícula Profesional Nro 6138, otorgada por el Colegio de Médicos Veterinarios de la provincia de Buenos Aires.
Docente del Área de Enfermedades Médicas de la F.C.V. de la U.B.A. Argentina, desde 1992 a la fecha.
Ex docente de la Cátedra de Histología y Embriología de la F.C.V. de la U.B.A., Argentina, desde 1979 hasta 1986.
Docente del Instituto Médico Argentino de Acupuntura (IMADA), desde 1993 a la fecha.
Directora del Laboratorio Clínico Veterinario Alem, especializado en la práctica de análisis clínicos en P.A., desde 1983 a la fecha

Domicilio profesional:
Alem 511 - Ramos Mejía - Bs. As
Argentina - CP. 1706
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Móvil: 15-4434-4567
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